Ex-executivos
da FTX doaram enormes quantias para o fundos de campanha do congressista de Nova York, George Santos
Os documentos da FEC revelaram que o congressista de Nova
York era um dos candidato favorito entre a liderança da FTX.
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Inúmeros ex-funcionários da falida FTX fizeram doações para George
Santos (R-NY) durante sua bem-sucedida campanha de 2022 para o Congresso,
revelaram os registros da FEC.
Ryan Salame, co-CEO da FTX, Claire Watanabe, ex-executiva
sênior da FTX, e Ramnik Arora, ex-chefe de produto da empresa, doaram a quantia
máxima permitida pela lei federal para a campanha de Santos durante 2022.
As doações para
Santos não parecem incomuns para Ryan, um prolífico doador político
que desembolsou milhões a candidatos ao Congresso dos dois principais partidos
políticos durante o ciclo eleitoral de 2022. Contudo Watanabe e Arora
foram muito mais direcionados em seu apoio financeiro aos políticos.
Além de Santos, os dois ex-funcionários da FTX doaram apenas
para candidatas fracassadas da Câmara, Michelle Bond (namorada de Ryan e
proponente vocal da criptomoeda) e Carrick Flynn, um chamado altruísta eficaz,
favorecido pelo fundador da FTX, Sam Bankman-Fried.
Bankman-Fried era um líder no movimento de altruísmo eficaz,
que afirmava usar estratégias racionais para maximizar o impacto positivo da
filantropia no maior número possível de pessoas, até sua prisão no mês passado
por oito acusações criminais , incluindo fraude,
conspiração para cometer lavagem de dinheiro e violações de financiamento de
campanha. Entre as muitas alegações que Bankman-Fried agora enfrenta, as
autoridades acreditam que ele usou fundos de clientes desviados para alimentar
suas ambições políticas em DC
Enquanto isso, Watanabe doou para outro candidato no ciclo
de 2022 - Karoline Leavitt, a candidata republicana anti-regulamentação de
extrema direita e ex-assessora de Trump na Casa Branca.
Faz sentido porque Watanabe e Arora, como executivos
seniores da FTX, doariam para candidatos particularmente pró-cripto,
anti-regulamentação ou altruístas efetivos do Congresso. Mas por que eles fariam
contribuições máximas ao Santos.
Santos nunca se manifestou sobre as questões cripto,
altruísmo efetivo ou regulamentação financeira durante sua campanha ao
Congresso. Um candidato no mínimo duvidoso, o político de Long Island
passou a dominar a atenção nacional depois que uma enxurrada de alegações
feitas por ele durante a campanha se revelou totalmente falsa.
Santos afirmou aos eleitores que se formou no Baruch
College, onde foi uma estrela do vôlei, antes de obter seu MBA na NYU, contudo nenhuma
das universidades tem qualquer registro de que ele tenha passado por lá. Ele
afirma ter trabalhado na Goldman Sachs e no CitiGroup, porém ambas as
empresas afirmaram que nunca ouviram falar dele .
Durante campanha, Santos contou histórias sobre a
angustiante fuga de seus avós da Europa durante o Holocausto e a morte de sua
mãe no World Trade Center em 11 de setembro. Entretanto, Santos não é judeu, e seus avós nasceram no aqui no Brasil e sua
mãe não estava nos Estados Unidos em 11 de setembro de
2001.
Santos também se apresentou durante sua campanha ao Congresso
como um empreendedor que agora possui uma pequena fortuna. Apesar de sua
aparente falta de uma carreira em Wall Street, ele declarou nos formulários de divulgação financeira de sua campanha
de 2022 ter ganho entre US$ 3,5 e US$ 11 milhões nos últimos dois anos. Em
2020, Santos trabalhou, de fato, para a empresa de investimentos da Flórida,
Harbor City Capital, que logo depois foi acusada pela Comissão de Valores
Mobiliários de administrar um esquema Ponzi de $ 17 milhões .
A origem dos milhares de dólares usados por
Santos para alimentar sua campanha ainda é desconhecida . Pelo menos uma parte
desses fundos de campanha, agora podem ser confirmados, já que vieram dos ex-funcionários
da FTX.
Santos se recusa a renunciar ao seu cargo no congresso,
apesar dos repetidos apelos de organizações republicanas
locais.