A
repressão dos EUA impulsiona Hong Kong como 'centro de gravidade' cripto,
segundo CEO da Kaiko
A adoção de uma abordagem mais amigável por Hong Kong em relação às criptomoedas pode fazer com que a cidade se torne o "centro de gravidade" para o comércio e investimentos em criptos, segundo Ambre Soubiran, CEO da Kaiko, fornecedora de dados do mercado de criptomoedas institucionais.
Imagem by Google |
Isso ocorre em
meio à repressão dos Estados Unidos ao setor, o que tem gerado um sentimento
crescente de que muitas empresas, desenvolvedores e investidores em breve
buscarão ambientes mais favoráveis em outros lugares.
A regulamentação de criptomoedas nos Estados Unidos tem se
mostrado cada vez mais rigorosa, com a senadora Elizabeth Warren afirmando
recentemente que eles estão construindo um "exército anticripto". Por
outro lado, o governo de Hong Kong tem buscado se tornar um hub cripto e
implementou regulamentações progressivas para apoiar empresas cripto e fintech
de alta qualidade em 2023. Embora a regulamentação ainda não tenha sido
totalmente resolvida, a Securities and Futures Commission (SFC) de Hong Kong
propôs um regime de licenciamento de cripto em 20 de fevereiro, que visa
fornecer proteção ao consumidor sem sufocar a inovação.
Mais de 80 empresas relacionadas a ativos virtuais já
manifestaram interesse em se estabelecer em Hong Kong, de acordo com o
secretário de Serviços Financeiros e do Tesouro de Hong Kong, Christian Hu.
Além disso, 23 empresas de criptomoedas já indicaram que planejam estabelecer
sua presença na cidade. A Autoridade Monetária de Hong Kong e a SFA devem
realizar uma reunião conjunta em 28 de abril para ajudar as empresas de
criptomoedas a estabelecer parcerias bancárias domésticas. Bancos chineses,
como o Shanghai Pudong Development Bank, o Bank of Communications e o Bank of
China, começaram a oferecer serviços bancários para empresas de criptomoedas em
Hong Kong ou fizeram consultas com empresas de criptomoedas.
Ambre Soubiran, CEO da Kaiko, afirmou que a recente postura
criptográfica amigável de Hong Kong levou a empresa a considerar mudar a sede
de sua unidade Ásia-Pacífico de Cingapura para Hong Kong. Ela também ressaltou
a importância de estar onde seus clientes estão, e a tendência é que muitos
deles se movam para ambientes mais favoráveis, como Hong Kong, caso a repressão
dos Estados Unidos se mantenha. Portanto, há uma expectativa de que a cidade se
torne um importante centro criptográfico nos próximos anos, atraindo cada vez
mais empresas e investidores.