Entenda
por que o juiz considerou desnecessária a apólice milionária de seguro da FTX
para Bankman-Fried
O ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, teve negada a moção que
permitiria o acesso a uma apólice de seguro de responsabilidade civil de
diretores e executivos, no valor de US$ 10 milhões, para financiar suas contas
legais.
Durante a audiência realizada na quarta-feira, o juiz John
Dorsey declarou que Bankman-Fried não apresentou evidências suficientes que
justificassem a necessidade de utilização do seguro.
O ex-magnata da criptomoeda é acusado de diversos crimes e
enfrenta processos civis de reguladores dos EUA. A defesa de Bankman-Fried
argumentou que a suspensão da apólice de seguro permitiria que ele recebesse o
reembolso de seus custos legais e apresentou a solicitação ao juiz.
No entanto, Dorsey negou a moção por falta de provas, mas
afirmou que Bankman-Fried poderia voltar com novas evidências posteriormente.
Os advogados da FTX observaram que outros funcionários atuais e antigos da
exchange cripto também são elegíveis para usar o seguro e disseram que seria
injusto para Bankman-Fried ter acesso especial à apólice.
Empresas costumam ter seguro de responsabilidade civil para
proteger seus executivos em casos de ações legais. Alguns planos têm exclusões
relacionadas a fraudes, embora não esteja claro se esse é o caso da apólice de
seguro da FTX. A empresa mantém apólices de seguro com Relm Insurance e Beazley
Insurance.
O CEO e cofundador da Relm Insurance, Joe Ziolkowski, disse
em comunicado que a empresa não comenta sobre situações específicas, mas
enfatizou seu compromisso em avaliar e pagar sinistros de acordo com os termos
das apólices. A Beazley Insurance não comentou sobre o assunto.
Por enquanto, Bankman-Fried não poderá utilizar a apólice de
seguro de US$ 10 milhões para financiar suas contas legais. No entanto, o
ex-CEO da FTX ainda pode apresentar novas evidências em uma audiência futura
para tentar suspender a suspensão automática do seguro.