Compromisso Global de 48 Nações para Conter Evasão Fiscal com Criptomoedas até 2027

 

Compromisso Global de 48 Nações para Conter Evasão Fiscal com Criptomoedas até 2027

Num comunicado conjunto, um amplo consórcio de 48 países assumiu o compromisso de implementar medidas concretas contra a evasão fiscal envolvendo criptomoedas, marcando como prazo para a efetivação dessas ações o ano de 2027. 

Imagem by IA

O acordo global entre as nações estabelece a facilitação da troca automática de informações entre jurisdições, visando coibir o crescente delito de evasão fiscal relacionado a ativos digitais.

De acordo com um relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), esse pacto abrange o Quadro de Relatórios de Criptoativos (CARF), cuja conclusão ocorreu em junho, e se integra ao Common Reporting Standard (CRS) da organização. O CARF representa uma norma essencial para a troca automática de informações sobre contas financeiras entre as autoridades fiscais, solidificando a cooperação internacional contra a evasão fiscal.

O Reino Unido, identificado como líder dessa iniciativa, destacou em comunicado a necessidade crucial de compartilhamento de informações entre os países para conter esse tipo específico de crime fiscal. Além disso, defendeu que as plataformas de criptomoedas iniciem a prática de compartilhar informações dos contribuintes com as autoridades fiscais.

A nota do Reino Unido salientou que o CARF foi finalizado em março de 2023, após dois anos de intensas negociações, destacando o papel pioneiro do país ao liderar o primeiro compromisso global desse tipo contra a evasão fiscal com criptomoedas offshore. A exigência de transparência por parte das empresas de criptomoedas representa um passo crucial para garantir que as autoridades fiscais possam fiscalizar e garantir a conformidade fiscal.

Encerrando a nota, enfatizou-se que o CARF será baseado no sistema existente utilizado pelas autoridades fiscais para a troca de informações. De acordo com as autoridades, esse novo quadro é fundamental para enfrentar o aumento significativo da evasão fiscal provocado pelo rápido crescimento do mercado global de criptomoedas.

Estimativas apontam que a evasão fiscal sobre as participações em criptoativos varia entre 55% e 95%. Curiosamente, nações com considerável envolvimento em criptomoedas, como Turquia, Índia, China, Rússia e países africanos, optaram por não assinar a declaração conjunta. Diante dessa realidade, a organização convidou outras jurisdições a se unirem à iniciativa, com o propósito de aprimorar o sistema global de troca automática de informações, reduzindo as brechas para a prática de evasão fiscal.

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