Anatoly Legkodymov, Ex-CEO da Bitzlato, Confessa Culpa em Audiência no Brooklyn

  

Anatoly Legkodymov, Ex-CEO da Bitzlato, Confessa Culpa em Audiência no Brooklyn

Na data de 6 de dezembro, Anatoly Legkodymov, cofundador e ex-CEO da bolsa de criptomoedas Bitzlato, admitiu sua culpa perante o Tribunal Distrital Leste de Nova York.


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 Sediada em Hong Kong, a exchange destacava-se por sua ausência de verificação Know Your Customer (KYC) e servia como suporte vital para o obscuro mercado Hydra da darknet. O juiz Eric Vitaliano presidiu a audiência em que Legkodymov concordou em dissolver a Bitzlato, aceitando a perda de US$ 23 milhões em criptomoedas. O cofundador havia inicialmente contestado a acusação, mas sua confissão indicou uma mudança de postura.

O procurador Breon Peace, representante dos Estados Unidos para o Distrito Leste de Nova York, enfatizou a ciência de Legkodymov sobre a exploração criminosa da Bitzlato devido aos seus controles laxos sobre transações ilícitas de dinheiro. A prisão de Legkodymov ocorreu em Miami em 17 de janeiro, como parte de uma operação internacional coordenada para desmantelar a bolsa. No mesmo dia, o site da Bitzlato foi bloqueado na França, enquanto Espanha, Portugal, Chipre e a Agência da União Europeia para a Cooperação Policial (Europol) também tomaram medidas legais contra o cofundador.

A Bitzlato, uma exchange peer-to-peer sem custódia, enfrentava críticas por suas salvaguardas consideradas "deficientes" no que se refere a Conheça seu Cliente (KYC) e prevenção à lavagem de dinheiro. Alegadamente, a bolsa era um componente financeiro vital para o mercado russo da darknet Hydra, que já havia sido alvo de sanções pelo Departamento de Justiça em abril de 2022. A reação das autoridades provocou perturbações temporárias nos mercados de criptografia.

Em uma reviravolta surpreendente, a Europol revelou que aproximadamente 46% dos ativos gerenciados pela Bitzlato, totalizando mil milhões de euros na época, estavam ligados a atividades criminosas. A agência apreendeu carteiras da Bitzlato no valor de 18 milhões de euros e congelou 100 contas em outras bolsas, totalizando 50 milhões de euros. Esses eventos destacam os esforços globais para combater atividades ilegais no espaço das criptomoedas, evidenciando a necessidade de regulamentação e conformidade mais rigorosas.

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