Bitcoin em Ascensão: Correlação com Ouro
Surpreende em 2023, Revela Relatório Fidelity
No decorrer do ano de 2023, tanto o Bitcoin quanto o ouro apresentaram performances notáveis, impulsionadas por incertezas geopolíticas e um cenário de crescentes taxas de juros.
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Um recente relatório da gestora de
ativos Fidelity revela que a correlação entre esses ativos aumentou ao longo do
ano, desafiando as expectativas tradicionais. Anteriormente, o Bitcoin mantinha
uma relação inversa com as taxas de juros, mas o estudo da Fidelity destaca uma
dissociação completa dessa dinâmica. Mesmo com o aumento global das taxas, o
preço do Bitcoin não apenas se manteve estável, mas também registrou um
aumento, desafiando as tendências usuais de queda na busca por ativos de risco.
O ouro, por sua vez, experimentou flutuações significativas
ao longo de 2023, mas destacou-se com um desempenho robusto em comparação com
diversas moedas. O preço do ouro em dólares dos Estados Unidos cresceu 14,6%,
revelando variações notáveis entre diferentes pares de moedas. Essa tendência
ascendente foi impulsionada principalmente por fatores como riscos geopolíticos
e a demanda contínua por parte dos bancos centrais. No mesmo período, o Bitcoin
surpreendeu, registrando um ganho impressionante de 156%, consolidando sua
posição como um ativo de destaque no mercado.
A Fidelity especula sobre as razões por trás do aumento da
correlação entre Bitcoin e ouro, sugerindo que os investidores podem estar
reagindo ao crescente déficit fiscal dos Estados Unidos ou antecipando mudanças
nas taxas de juros. A empresa de investimento destaca que ambos os ativos podem
estar indicando que o mercado de títulos pode estar subestimando a situação,
alertando para possíveis déficits fiscais estruturais. Além disso, a análise aponta
que o mercado de Bitcoin pode estar antecipando futuras ações do Federal
Reserve, como a monetização da dívida ou cortes nas taxas, com base em
correlações não apenas com a inflação ao consumidor, mas também com a oferta
monetária e diversas métricas de liquidez.
A Fidelity também observa um ambiente de oferta mais
restrito para o Bitcoin, destacando que a quantidade de detentores de longo
prazo atingiu um novo recorde de 70%. Isso sugere que o período de mercado
baixista dos últimos anos resultou em mãos fortes e resilientes em termos de
retenção do ativo, mesmo diante de um aumento substancial no preço. A análise
conclui que, embora haja incertezas e especulações, o mercado de criptomoedas
parece estar respondendo de maneira única aos eventos econômicos, desafiando
expectativas tradicionais e indicando uma nova dinâmica para investidores e
analistas.