Operação contra residência de luxo de US$ 30
milhões resulta na confiscação de Bitcoin avaliado em US$ 1,7 bilhão
As autoridades apreenderam supostamente mais de 61.000 Bitcoins, no valor de aproximadamente US$ 1,7 bilhão em 2021, que Wen teria tentado usar para comprar uma mansão de luxo em Londres avaliada em US$ 30 milhões. Essa ação ocorreu após a tentativa de Wen de realizar a transação com um suposto fraudador, identificado como Zhimin Qian, ex-funcionário de um restaurante.
A Sky News relatou em 30 de janeiro que Qian, que se
encontrava no Reino Unido sob uma identidade falsa, recrutou Wen para
auxiliá-lo na lavagem de dinheiro proveniente de um esquema de fraude de
investimento ocorrido na China entre 2014 e 2017. Wen, inicialmente empregada
em um restaurante chinês no sudeste de Londres, conheceu Qian durante seu
trabalho e mudou-se para um quarto sob o estabelecimento antes de se envolver
no esquema de lavagem de dinheiro.
A promotora Gillian Jones KC afirmou que Wen foi acusada de
converter Bitcoins em dinheiro e bens de luxo em nome de Qian, embora ela não
estivesse diretamente envolvida na fraude original cometida por Qian na China.
As autoridades invadiram a residência que Wen e Qian alugaram, confiscando
diversos dispositivos contendo os Bitcoins, pois Wen não conseguiu explicar a
origem dos ativos criptográficos.
Durante o julgamento, Wen alegou inicialmente que os Bitcoins
eram provenientes de mineração, mas depois mudou sua narrativa, apresentando
uma escritura que afirmava ter recebido 3.000 Bitcoins como um "presente
de amor" de Qian. Wen enfrenta atualmente três acusações de lavagem de
dinheiro entre outubro de 2017 e janeiro de 2022, negando todas as acusações.
Enquanto isso, Qian fugiu do Reino Unido e ainda está foragido. O caso destaca
a complexidade das transações criptográficas e suas implicações legais no
cenário internacional.